Luz e Melodia
para Jemes Martins
O poeta sempre é malandro:
para Jemes Martins
O poeta sempre é malandro:
- se desliza sutil por dentro de curvas messalinas no fogo intenso
de um amor perfeito efêmero por natureza;
- se não abre mão do verso simples abusado de destreza rara
e sabe o quanto custa caro ser inflexível quando não há motivos
de parecer apresentável;
- se evita gritar impropérios (versos roucos vomitados) em plena praça
é porque margem mal aceita a do papel;
- se digressivo no seu paladar poético insano sonha explodir
num depósito qualquer todas as mulheres feias do mundo.
de um amor perfeito efêmero por natureza;
- se não abre mão do verso simples abusado de destreza rara
e sabe o quanto custa caro ser inflexível quando não há motivos
de parecer apresentável;
- se evita gritar impropérios (versos roucos vomitados) em plena praça
é porque margem mal aceita a do papel;
- se digressivo no seu paladar poético insano sonha explodir
num depósito qualquer todas as mulheres feias do mundo.