As pernas brancas que jamais beijei
estão molhadas como todo o corpo
e é o jorrar da água neste todo
que eleva a alma em ponto alto
esquerdo
torto.
Por esta brecha um olho só invade
- testemunha purificação.
Sabonete insensual te percorre.
Estás de costas
e de um ponto raro
escassos pêlos.
Quem me dera
se se virasse
sabendo que te vejo.
Mas o pouco que me ilude
desilude
dissolve n’água
quando a toalha
te preenche o corpo
te esvazia a alma.
Do mesmo ponto raro
não mais escassos pêlos.
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