22.10.07


Luz e Melodia
para Jemes Martins

O poeta sempre é malandro:

- se desliza sutil por dentro de curvas messalinas no fogo intenso
de um amor perfeito efêmero por natureza;

- se não abre mão do verso simples abusado de destreza rara
e sabe o quanto custa caro ser inflexível
quando não há motivos
de parecer apresentável;

- se evita gritar impropérios
(versos roucos vomitados) em plena praça
é porque margem mal aceita a do papel;

- se digressivo no seu paladar poético insano
sonha explodir
num depósito qualquer todas as mulheres feias do mundo.

Um comentário:

James Martins disse...

qdo eu faço um poema p'r'uma dama,
qse sempre, qro comê-la (as excessões são importantes)... vi este poema aqui. minha foto. meu nome. morri de medo: será q leopoldo me comeu???