1.11.07

Soneto do amor temperado para a musa eternizada



Desde o dia que te comi
não tenho paz, não tenho sossego
e fico intrigado contando nos dedos
as poucas punhetas que nesse tempo bati.

Fito meu pau que já não é o mesmo
parece mais grosso do que no começo
e tua boceta tão rara molhada
hoje só de olhá-la já fica encharcada.

E mesmo quando sem jeito
roço meu cotovelo em teu peito
teu corpo logo se assanha:

decerto é amor que fica
(conheço tuas entranhas
com a palma da minha pica).

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